Cachorro perdido? Tem como evitar?

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Todas as semanas eu vejo algum anúncio no Facebook de algum cachorro perdido. Embora eu fique bastante triste com essas situações, não consigo deixar de pensar que, em muitas vezes, é possível evitar que isso aconteça ao treinar o seu cachorro para te obedecer quando você chamá-lo.

Cachorro perdido? Tem como evitar?

Reconheço que dois anos atrás eu não tinha essa visão sobre se ter um pet. Eu nunca havia pensado no valor de se treinar o cão como questão não unicamente de segurança, mas também para gerar uma relação bacana entre o dono e o peludo. Nem se fale ainda se o treinamento for positivo, ou seja, reforçando o que o cachorro fez correto e não punindo quando ele faz errado.

Naquela época, portanto, eu achava que um exemplo de treinador era o Cesar Milan (aquele conhecido como “Encantador de cães”) e que aquele era o jeito certo de se treinar um cão. Graças à minha cunhada, eu descobri que esse tipo de treino causa um stress desnecessário no cachorro (quem gosta de ouvir não o tempo todo?), entre muitas outras questões que não falarei agora.

O que eu quero manifestar é que todos os treinamentos que cito aqui no blog vão de encontro com o reforço positivo. Nesse tipo de treino, você não é considerado o “chefe” do seu cão, mas um compartilhador de conhecimento, se é que eu posso denominar assim. Os treinos, portanto, são e devem ser divertidos para ambos.

Cachorro perdido: a culpa é de quem?

Bom, voltando à história do cachorro perdido. Não vou e nem posso afirmar que a culpa é do dono, mas o que eu posso dizer é que podemos evitar que esse tipo de coisa aconteça em muitos casos. Como? Treinando o seu cachorro para obedecer quando você o chama.

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Uma foto publicada por Wurst German Spitz Mittel (@wurstspitzdog) em

Antes de passear com seu cachorro

Cachorro perdido? Tem como evitar?

  • Compre uma tag de identificação e coloque o nome e telefone do seu cão (nós compramos a nossa na Cobasi e ela fica pronta na hora). Se for possível, coloque um microchip no peludo para prevenir ainda mais que alguma coisa aconteça.
  • Eu particularmente prefiro usar no Wurst uma coleira peitoral a uma coleira mesmo. A coleira peitoral dá mais estabilidade e segurança para você e o seu cão. Se o seu peludo for muito “puxão”, talvez seja uma boa ideia comprar um peitoral conhecido aqui no Brasil como Easy Walk.
  • Nunca compre coleiras de ferro ou enforcadores. Embora essa seja a decisão mais fácil para passear com um cachorro desgovernado, você pode machucar e muito o seu cãozinho. Vai por mim: se você treinar o seu cão, conseguirá passear com ele sem problemas.
  • Não compre guias extensíveis, pois elas ensinam o seu cachorro a puxar cada vez mais. A lógica é simples: toda vez que ele puxa, ele ganha algo positivo, que no caso é explorar lugares mais longes. Resultado: ele sempre vai puxar pois aprendeu que isso é bom. É melhor usar uma guia comum mesmo e ter uma outra comprida para passeios no parque.

Cachorro perdido? Tem como evitar?

  • Sempre leve com você uma bolsinha com gostosuras. Nós, por exemplo, percebemos que para fazer o recall, ou seja, para o Wurst vir até nós quando chamamos, temos que ter algo mais saboroso que exclusivamente a ração dele. Agora, sempre levamos bifinhos e cookies para ele conseguir nos obedecer.

Porquê treinar o seu cão para obedecer quando você chama?

A ideia é aumentar a dificuldade aos poucos. Não adianta soltar o seu cachorro e depois reclamar que ele não obedece. Então, vamos lá:

  • Comece o treino dentro de casa, em um ambiente que ele se sinta seguro. Chame o seu cão e, quando ele obedecer, dê uma comidinha. Se ele não obedecer, não faça nada. Com isso, ele vai aprender que toda vez que você chama, coisa boa acontece.
  • Faça esse mesmo treino em um ambiente externo, mas que o cachorro ainda se sinta seguro: pode ser o quintal de casa, por exemplo.
  • Compre uma guia bem comprida e saia com ele para uma praça ou um parque que não tenha muita gente ou outros cachorros. Quanto maior a distração, mais difícil de treiná-lo.
  • Se você puder ir com uma outra pessoa, melhor. A ideia é permanecer uma pessoa distante da outra e, quando o cachorro não estiver prestando atenção em você, chame o seu peludo com um tom de voz mais para o agudo e com empolgação. Se mesmo assim ele não estiver te obedecendo, talvez seja a hora de usar um apito.
  • Se ele obedeceu, dê a ele uma recompensa: um biscoito, um bifinho, alguma comida que ele goste muito.
  • E vá revesando: cada hora uma das pessoas chama o cão e, quando ele obedecer, dê a recompensa. Nós já fizemos esse treino com 4 pessoas e funcionou muito bem.
  • Faça pelo menos umas 6 saídas de treino desse tipo. Se ele acertou em todas essas saídas, você pode tentar soltar o seu cão por um curto período de tempo. O que nós fizemos com o nosso cão: duas pessoas se afastam uma da outra em uma distância maior do que nos treinos com guia. Uma das pessoas fica com o cachorro e a outra chama o cão. Quando ele chegar, dê a recompensa. Faça treinos desse tipo pelo menos 6 vezes.
  • Depois disso, você pode tentar ir ao parque e deixá-lo um pouco mais solto, mas sempre com supervisão. Se for possível, compre um apito para momentos em que ele não obedecer à sua voz.

O cachorro se soltou. O que fazer?

  • Primeiramente: não corra em direção ao cachorro! Por mais difícil que seja! Os cães acham que você está brincando de pega-pega.
  • Agache e mostre uma comidinha para ele.
  • Se não resolveu, corra na direção contrária dele e vá chamando o nome dele.
  • Sempre ande com comidinhas como cookies e biscoitos com você para conseguir chamá-lo em caso de emergência! Se você treinou o seu cachorro antes como ensinamos, ele vai saber que você tem coisas gostosas e que, quando você chama e ele responde, ele ganhará essas recompensas.

Se eu conseguir fazer com que pelo menos uma pessoa treine o seu cachorro, já estarei feliz.

Dicas sobre viagem com cachorro? Leia todos os nossos textos aqui. 


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Deise de Oliveira
Deise de Oliveirahttp://viagempelomundo.com/
Doutora em Literatura russa, viajante compulsiva e fotógrafa de cães no Spitz Fotografia Pet. Criadora do Viagem pelo Mundo, já estudou em Moscou e morou na França. Adora mergulhar, fazer agility com o Wurst (seu spitz alemão) e uma cervejinha com os amigos. Siga-a nas redes sociais: Facebook Twitter

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Deise de Oliveira
Doutora em Literatura russa, viajante compulsiva e fotógrafa de cães no Spitz Fotografia Pet. Criadora do Viagem pelo Mundo, já estudou em Moscou e morou na França. Adora mergulhar, fazer agility com o Wurst (seu spitz alemão) e uma cervejinha com os amigos. Siga-a nas redes sociais: Facebook Twitter