Passeio de bike no Deserto do Atacama: Pukkara de Quitor

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 Passeio de bike no Deserto do Atacama: Pukkara de Quitor

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Antes de começar a contar sobre o nosso passeio de bike no Atacama, vou contar uma história para vocês:

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Era uma vez um deserto. Esse deserto é considerado o mais árido do mundo e quase nunca chove por lá. As nuvens são tão raras que os guias olham para elas como se fossem ETs, imagina chuva, então?
Certo dia, dois blogueiros de viagem tinham acabado de voltar do passeio do Salar de Tara e estava tirando um cochilo quando….são acordados por um barulho de chuva. “Será que estamos em São Paulo?” – pensou ela por alguns segundos. Mas não. Eles não estavam em SP, estavam em San Pedro do Atacama e estava chovendo! E muito! Por aproximadamente 4 horas!
Resultado? Goteiras no albergue, ruas que mais pareciam rios e os dois blogueiros famintos querendo sair para comer.
E como a terra aqui é muito impermeável, a água não era absorvida. Mesmo depois de muitas horas.

Pronto, acabou a historinha. Gostaram? Pois é. Ela foi só para ilustrar a noite anterior ao nosso passeio de bicicleta.

 

Pegamos as bikes por volta das 10h, pois todas as ruas ainda estavam cheias de lama e era até perigoso andar de bike por elas. Nosso plano inicial era irmos até a Quebrada do Diabo, mais ou menos 12 km de San Pedro.
Recebemos um mapa da trilha com todas as informações. Teríamos que cruzar o rio mais ou menos umas 5 vezes. Em dias normais, o rio estaria bem ralinho e seria bem refrescante. Imagina a nossa surpresa quando chegamos perto do rio e vimos essa cena? O rio estava tão alto que para cruzar, teríamos que carregar as bicicletas nas costas e ficaríamos com água até o joelho!

 

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Existe uma ponte, mas ela estava incompleta. Mesmo assim, achamos que era a opção mais sensata para conseguir atravessar o rio. Então lá fomos nós! Tiramos os tênis, e seguimos em direção à ponte. Chegando nela, o nosso querido guia Haroldo do Salar de Tara estava lá (por coincidência) e subiu nossas bikes. Cruzamos a ponte e desanimamos, pois teríamos que cruzar o rio pelo menos mais 4 vezes, lembram?

 

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Então decidimos que fazer a Quebrada do Diabo seria inviável. E o que faríamos? Restava fazer a trilha mais curta: Pukará, de apenas 3 km. Mas ainda havia um problema: mesmo assim, nós teríamos que cruzar o rio mais uma vez. O que fazer?

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Foi aí que o Haroldo nos deu a dica: daria para cruzar o rio sem se molhar, se fossemos cruzando um hotel. E foi isso que fizemos! Pedimos para uma funcionária do hotel nos ajudar, e ela nos mostrou o caminho. Ufa!

 

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Depois disso nós conseguimos começar a aproveitar mais a vista. No começo eu estava bem brava com a situação, mas depois comecei a enxergar com outros olhos. Foi muita sorte ter conseguido ver uma cena tão inusitada como essa no Deserto do Atacama! São poucos que conseguem pegar chuva no deserto, e nós fomos esses sortudos!

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E falando especificamente de nosso passeio, nós fomos até Pukará de Quitor, apenas 3km de San Pedro.  Essa foi uma fortaleza pré-Inca construída no século 12. Na verdade, me pareceu uma “mini” Machu Picchu, com toda aquela construção antiga e impressionante.

 

A subida é bem intensa, e ainda pior porque o sol estava de rachar (era quase meio-dia). Mas vale muito a pena. Se você tiver tempo, suba o mirante que fica do lado da construção: lá você terá uma vista mais do que privilegiada do Vale da Morte.

Vai para o Deserto do Atacama e não sabe o que fazer por lá? Faça um passeio de bike!

Informações:

Aluguel de bicicleta: 3.000 pesos por pessoa.
Entrada em Pukará: 2.000 pesos por pessoa.
Distância: 3km de San Pedro.

Mais dicas? Veja nosso Guia para Viajantes

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Deise de Oliveira
Deise de Oliveirahttp://viagempelomundo.com/
Doutora em Literatura russa, viajante compulsiva e fotógrafa de cães no Spitz Fotografia Pet. Criadora do Viagem pelo Mundo, já estudou em Moscou e morou na França. Adora mergulhar, fazer agility com o Wurst (seu spitz alemão) e uma cervejinha com os amigos. Siga-a nas redes sociais: Facebook Twitter

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Deise de Oliveira
Doutora em Literatura russa, viajante compulsiva e fotógrafa de cães no Spitz Fotografia Pet. Criadora do Viagem pelo Mundo, já estudou em Moscou e morou na França. Adora mergulhar, fazer agility com o Wurst (seu spitz alemão) e uma cervejinha com os amigos. Siga-a nas redes sociais: Facebook Twitter