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África do Sul e vinhos: muito além do safári

Quando eu digo que a África do Sul vai muito além do safári, não é exagero. Não é coincidência que eu já fui três vezes e sempre fico com um gostinho de quero mais. A variedade de roteiros, a comida boa e o povo hospitaleiro também contribuem para que o país seja tão especial. Se você é fã de vinhos, está aí um outro motivo para visitar o país: são mais de 100 vinícolas para você escolher.

África do Sul além do safári

Nessa minha última viagem, o objetivo foi sair um pouco do roteiro tradicional (que geralmente inclui um safári no Krugere em vez disso, conhecermos algumas ótimas vinícolas da região. Se você acha que para fazer degustação de vinhos bons precisa ir a Bordeaux ou Napa, está muito enganado: os vinhos aqui são excelentes e com um preço bastante camarada.

Como visitar a região dos vinhos saindo de Cape Town

Se você estiver hospedado em Cape Town, você tem duas opções: ou fazer um tour bate-volta até alguma vinícola (elas geralmente ficam a cerca de 1h do centro da cidade) ou dormir em algum hotel/vinícola da região da Cidade do Cabo. Nesse roteiro que fizemos, nós dormimos em dois deles: o Spier e o Kleine Zalze (falarei de cada um deles em outros posts).

Stellenbosch: a região mais famosa

Stellenbosch é uma cidadezinha próxima de Cape Town e famosa por sua grande universidade (que na época do Apartheid, por sinal, só aceitava brancos) e suas vinícolas.

Aqui é uma região mais branca do país, o que é visível quando caminhamos no centrinho ou até mesmo lemos as placas – que aqui estão muitas vezes em africâner, a língua dos brancos de origem holandesa). Não é coincidência que essa região nem parece a África do Sul do imaginário das pessoas: as vinícolas foram fundadas por brancos europeus e seus descendentes, o que fica visível quando observamos a arquitetura local.

Franschhoek: mais uma região vinícola

A vilazinha francesa de Franschhoek também é uma parada obrigatória para os amantes do vinho. Como a região é situada em um vale, os melhores vinhos dessa área são os tintos, que vão desde o Merlot até o sul africano Pinotage. E por falar em Pinotage, essa é uma variante criada a partir da combinação de duas outras uvas, o Pinot Noir e o Hermitage (também conhecido como Cinsaut) e que pode ser um ótimo souvenir de viagem.

Bom, mas voltando a falar sobre a vila francesa, aqui é possível fazer tours de vinho, degustações de chocolate e até as duas coisas juntas. 😛 Essa região foi dada aos franceses pelos holandeses, que achavam que essa região não era tão valiosa quanto Stellenbosch. Mal sabiam eles que os franceses encontrariam aqui um lugar perfeito para a cultivação de seus vinhos.

Nos próximos posts você terá informações específicas sobre cada um desses lugares que visitamos. Quem sabe eu não consigo te convencer a fazer uma viagem de enoturismo para a África do Sul? 😉

*Agradecimentos a South African Tourism e a South African Airways por mais uma viagem linda pela África do Sul.

Doutora em literatura por formação, mas estudande do comportamento canino por amor. Residente em Colônia na Alemanha, está sempre procurando lugares para conhecer na sua nova cidade com o seu marido e cachorro.

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